sexta-feira, 14 de outubro de 2011

ITAMAR CUNHA


Coroa de Conde

Brasão das armas

   


Brasão da Cavalaria Armada da Cunha

                                            Itamar Gonçalves da Cunha
                                                               CONDE DA CUNHA



Fernão Dias da Cunha

e descedência

CUNHA designa uma das linhagens da

NOBREZA  mais antigas de Portugal, 

Espanha e Brazil


CONDE DA CUNHA

O sobrenome CUNHA designa uma das linhagens mais antigas de Portugal e Espanha. Eis aqui as teorias mais credíveis – científicas - para a origem do nome Cunha.




A origem “Divina”:

Desde o começo do judaísmo que Kohen é o nome dado aos sacerdotes na Torá, cujo líder era o Kohen Gadol (Sumo Sacerdote de Israel), sendo que todos deveriam ser descendentes de Moisés. Embora seja verdade que muitos descendentes de kohanim ostentam sobrenomes que refletem a sua genealogia, existem muitos outros com o sobrenome (ou qualquer variação), que nem sequer são os kohen judeus.

Existem inúmeras variações ao sobrenome Kohen. Estas são frequentemente alteradas pela tradução ou transliteração para outras línguas, tais como: Cohen (Inglês), Kohn (Alemão), Conklin (Holandês/Neerlandês), Caen (Francês), Coen (Italiano), canno (Espanhol), Cunha (Português), etc.

Depois da destruição de Jerusalém pelos romanos, os judeus iniciaram uma diáspora, tendo muitos deles vindo para a península Ibérica (Portugal e Espanha), tendo ficado conhecidos como Judeus Sefarditas (A palavra “Sefardita” tem origem na denominação hebraica para designar a Península Ibérica: “Sefarad”). Com a conquista de Granada pelos Reis Católicos (Espanha), a inquisição forçou a expulsão ou a conversão da população “não cristã” ao catolicismo. Os que não fugiram – denominados de “Cristãos Novos” – esconderam e adaptaram os seus costumes e nomes às exigências dos fanaticamente católicos. Batizados à força, estavam ligados ao comércio e à navegação (sobretudo, aos descobrimentos portugueses), muitos dos judeus foram mandados para as novas colónias portuguesas de então, nomeadamente para o Brasil (apesar da origem do nome deste País estar normalmente associado ao “Pau Brasil” mas, a palavra hebraica “Barzel” quer dizer FERRO…). 




A origem “Nobre”:

Segundo a tradição, D. Payo Guterres (da Silva [?]), homem nobre e rico, natural da Gasconha (sudoeste de França), que veio para o Condado Portucalense com seu Pai, D. Guterre, na companhia do Conde D. Henrique de Borgonha - pai do primeiro Rei de Portugal - foi o responsável por este nome. Essa tradição está envolta em quatro teses, a saber:



Cunhas de ferro

"D. Payo ganhou Torres Novas e que foi o primeiro que se chamou "Cunha", porque durante os cercos colocava cunhas de ferro nas portas, para que os inimigos não pudessem sair; e por isso lhe deram por divisa nove cunhas azuis em campo de oiro" (Visconde Sanches de Baena, "Pombeiro da Beira").



Estandarte

Esta versão dá conta de que, quando de um cerco dos Mouros a Lisboa, uma bandeira Portuguesa colocada na muralha do Castelo estava prestes a tombar, vergada sob a força do vento. Apercebendo-se do facto, os Mouros impediam que os Portugueses se lhe acercassem - pois obter o estandarte Português seria já uma vitória - e faziam cair uma verdadeira chuva de setas naquele lugar. D. Payo Guterres terá desafiado a morte para segurar a bandeira com duas cunhas, ao que El-Rei D. Afonso Henriques, acompanhando a peripécia, teria exclamado: "A cunha, a cunha!". E desta voz real e das cunhas lhe terá ficado o apelido.




























9 Cunhas
Esta versão conta que, quando o Rei Cristão cercava Lisboa em 1147, D. Payo Guterres mandou meter várias cunhas no castelo e por elas subiu com os seus, conquistando-o assim por este ato de bravura. O rei ordenou então que, como prémio desse feito, aquele personagem usasse do apelido Cunha e que adotasse como brasão d'armas, as nove cunhas de que se tinha servido para escalar o castelo.



Toponímia

Sobrenome encontrado em Portugal e Espanha, classificado como sendo um toponímico (estudo linguístico ou histórico da origem do nome próprio de um local), pois tem origem geográfica.

Tal classificação se refere aos sobrenomes cuja origem se encontra no lugar de residência do nominado original. Nomes de origem habitacional alertam para a origem do progenitor da família, seja uma cidade, vila ou simplesmente um lugar identificado por uma característica topográfica. 

No que diz respeito ao sobrenome Cunha, este é derivado do lugar denominado Cunhas, em Portugal. O primeiro a batizar um filho com o sobrenome Cunha foi Dom Payo Guterres da Silva, já citado, homem nobre e rico, governador das muitas terras do Rei de Portugal. Ao nascer o seu terceiro filho, Dom Payo registou-o com o nome de Fernão Dias da Cunha, em homenagem ao lugar denominado Cunhas onde se localizava a Quinta da Cunha, que era a sede do governo local, e cujo prédio possuía o formato de uma cunha. Era um lugar de destaque na região, onde o rei costumava passar os seus dias de descanso. Fernão Dias da Cunha tornou-se o senhor da Quinta da Cunha, vindo a participar do conselho do reino. Ao longo de sua existência ele ocupou várias posições de importância na casa real. Foi o provedor da Ordem de Cristo e mestre da Ordem da Rosa. Por decreto Real, foi-lhe concedido o brasão de armas.




O Brasão

O brasão é uma insígnia ou distintivo de pessoa ou família nobre conferido, em regra, por grande merecimento. 

O brasão de armas dos Cunha contém nove cunhas na cor azul, postas em 3, 3 e 3. O ouro simboliza a nobreza e a generosidade. A cor azul denota fidelidade e firmeza. O timbre contém grifo sainte de ouro, semeado de cunhas na cor azul, com asas de um no outro. A origem do brasão é portuguesa.




Os mais ilustres  

Cabe destacar entre os membros da família outras personalidades de destaque: 

Tristão da Cunha (1460-1540) - nomeado primeiro vice-rei da Índia

Nuno da Cunha (1487-1539) - militar e governador da Índia; 

Francisco da Cunha, citado em 1540 - escritor português; 

D. Rodrigo da Cunha (1577-1643) - arcebispo de Lisboa
D. Luís da Cunha (1662-1749) - diplomata português
João Cosme da Cunha (1715-1783) - Eclesiástico português, também conhecido por Cardeal da Cunha
José Anastácio da Cunha (1744-1788) - matemático e militar e português;
Pedro Alexandrino da Cunha (1801-1850) - militar português da Abrilada, eleito deputado por Angola;


CIDADE DE CUNHA

A primeira incursão do homem branco na região de que se tem notícia ocorreu em 1597, quando partiu do Rio de Janeiro uma expedição chefiada por Martim Correia de Sá. A expedição, de cerca de 700 portugueses e dois mil índios, desembarcou em Paraty-RJ e galgou a Serra do Mar pela antiga Trilha dos Guaianás para combater os índios Tamoios, que estavam unidos com os franceses na luta contra os portugueses.

A Estância Climática de Cunha tem suas origens por volta de 1695. Nessa época, muitos aventureiros subiam a serra pela trilha dos Guaianás, com destino ao Sertão de Minas Gerais, atraídos pela notícia de que havia ouro e pedras preciosas naquela região. Com isso, Cunha, que era conhecida como “Boca do Sertão”, tornou-se parada obrigatória para descanso e reabastecimento das tropas.

Já em 1730, os viajantes que se fixaram na região, construíram um povoado onde a família portuguesa Falcão ergueu uma capela chamada Sagrada Família. Devido à contribuição desta família para o povoado, durante muito tempo a cidade foi chamada de Freguesia do Falcão.

No início do século XVIII, a grande movimentação de tropas pelo local atraiu bandidos e saqueadores. Muito ouro que vinha de Minas Gerais para embarcar em Paraty-RJ, rumo à Portugal, foi desviado. Devido à necessidade de se criar um posto para vigiar o local, surgiu a Barreira do Taboão, localizada entre a Freguesia do Falcão e Paraty. Com o declínio do ciclo do ouro, muitos desbravadores acabaram ficando na região atraídos pelo clima e pela fertilidade do solo. Essa intensa movimentação gerou um rápido desenvolvimento local.

Em 15 de setembro de 1785, o povoado é elevado à vila, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Conceição de Cunha, em homenagem ao capitão General Francisco da Cunha Menezes, governador da Província de São Paulo. Nesse período as antigas trilhas foram calçadas e ampliadas para que as tropas pudessem transportar a maior riqueza do século XIX, o café. A autonomia política veio em 1858, ano em que foi elevada à categoria de cidade, e em 1883 tornou-se comarca. Logo a seguir em 1888, com a libertação dos escravos, veio o declínio do ouro negro na região.

Em 1932, Cunha foi palco de batalha na Revolução Constitucionalista, quando um batalhão da marinha composto de 400 praças subiu a Serra do Mar com a intenção de chegar à São Paulo pelo Vale do Paraíba. Os combates no município duraram três meses e nesse período a cidade conheceu seu herói e mártir, o lavrador Paulo Virginio, que foi morto por não revelar a posição das tropas paulistas. Em homenagem a esse ilustre cidadão, foi construído um monumento às margens da estrada Cunha-Paraty.

Em 1945 a prefeitura entrou com pedido de transformação do município em Estância Climática e no dia 28 de outubro de 1948, foi promulgada pelo governador de São Paulo a lei nº. 182, convertendo a cidade de Cunha em Estância Climática.

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Itamar Gonçalves da Cunha